Em 324 a.C, Alexandre, o Grande, depois de estender seus domínios até as índias Ocidentais, ordenou que o almirante Nearco voltasse ao golfo Pérsico e trouxesse de volta os exaustos soldados gregos. Uma parte dessa frota, entretanto, nunca chegou a atingir sua terra natal. Alguns historiadores especulam sobre a possibilidade de que os navios tenham ultrapassado a índia e seguido viagem pelo oceano Pacífico, atingindo depois o Taiti e o Havaí. Existem mesmo algumas evidências que apoiam a tese de que os gregos atingiram a costa ocidental do continente americano. Na costa oriental da América do Norte, o primeiro homem branco a atingir as praias de Maryland e da Virgínia descobriu um rio que os nativos chamavam de Potomac. Estranhamente, a palavra grega para rio é potamós.
Quando os conquistadores espanhóis invadiram o império asteca, no século 16, aprenderam que a palavra indígena para designar os templos astecas em forma de pirâmide era teocalli, que é bastante similar à junção de duas palavras gregas — théos e halías — que, juntas, têm o mesmo significado que teocalli.
No Havaí, um bom número de palavras, tais como: seto (águia), mele (música) e noo-noo (inteligência), possui um significado surpreendentemente próximo ao das gregas ae-tós, melodia e nous. Os capacetes de guerra havaianos, embora feitos de madeira e penas em vez de metal e crina de cavalo, eram quase idênticos a seus equivalentes gregos.
A explicação, simples porém intrigante, para a ocorrência de língua e artefatos gregos em centros de cultura afastados pode estar, como vimos, em Alexandre, o conquistador da maior parte do mundo então conhecido. Depois de sobrepujar o poderoso império persa, as tropas de Alexandre teriam continuado em direção à índia e para o norte, onde cerca de oitocentos navios, liderados pelo almirante Nearco, exploravam o oceano Indico.
Se os gregos abriram caminho para o Pacífico Sul e para as Américas, é provável que tenham sido encarados como semideuses, e sua linguagem e arte consideradas dignas de serem adotadas por qualquer cultura.
Charles Berlitz
O estranho e o extraordinário
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